quarta-feira, 9 de junho de 2010

O abraço de Letícia

O padre ordeu aos fieis que dessem a paz de cristo ao irmão do lado. Logo, recebia o cumprimento de alguns irmãos cristãos. Aguardava o momento como pretexto para abraçar Letícia. Jovem, rosto angelical e com olhos de esmeraldo. Depois de frequentar a Paróquia do bairro há dois meses, já era tempo de uma aproximação.
A mãe e dois rapazes que faziam compahia a ela todas às quartas-feiras, inibiam a minha aproximação. Não tinha medo. Queria evitar apenas uma possível confusão na casa de Cristo. Aproveitei alguns instantes de distração do seus vigias e virei para Letícia almejando um abraço. Procurando chamar a sua atenção para mim, a encarei como um garoto tímido, carente de amor. Letícia buscava outro cristão comum para ofertar a paz do salvador. Pela tangente,a jovem fugia das minhas investidas nada discretas. Estendi a mão e recebi um abraço caloroso. Quais laços foram estabelecidos entre nós? Nos próximos encontros talvez saberia. O gesto de amor se desfez. Fiquei satisfeito em tê-la entregue aos meus braços.
Ao passo que a música eucarística chegava ao fim, a confraternização entre adultos, crianças e idosos ia cessando. O resultado de breve socialização foi semblantes relusentes. Tocado pelo amor, louvei ao todo poderoso com grande intensidade. Afinal, foi na casa do senhor que recebi o abraço de Letícia.

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