quarta-feira, 30 de junho de 2010

Brasil x Chile x Pinochet

Chile, já para casa!
Pinochet vai dar
três palmadas.
Culpa do Brasil.

Brasileiros, não
tirem sarro!
Senão a derrota
do Chile vai paracer
golpe de Estado.
Culpa do Pinochet!

Valparaíso, cadê o riso?
O Brasil está na Copa.
Santiago, não fique irritado.
Vem torcer pela seleção canário.
Pinochet mudou de lado.

Herberth Brasil
28/06/2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Hienas, Jornalistas e Seleção

por Herberth Brasil

Outro dia assisti um documentário sobre a vida das hienas. Quanto o assunto é comida, aí é que percebemos o quanto o bixo é agressivo. Elas disputam com leões carcaças de búfalos e não dispensam as zebrinhas como sobremesa.
A imprensa na Copa do Mundo de Futebol tem agido da mesma forma.
Principalmente os Jornalistas brasileiros. Influênciados pelo habitat selvagem da África, eles têm provocado o técnico e os jogadores da seleção com perguntas, que não visam informar, mas sim, tirar do sério qualquer um. O resultado são coices pra todos os lados. Dunga deu a primeira patada no jornalista Alex Escobar, da rede Globo. O capitão do tetra xingou o repórter na miúda. Merda e bobo não são grandes palavrões, convenhamos. Chamar de careca seria realmente uma ofensa.
A fila seguiu com Kaká. Após ser questionado pelo correspondente da ESPN Brasil, André Kfouri, sobre o desempenho e condição física apresentados em campo, o meia viu a oportunidade de dizer também ao filho do comentarista esportivo, Juca Kfouri,que virou alvo das críticas do papai. Toquei no assunto com André. Via blog, ele comentou o episódio:
"... Eu fiz uma pergunta, ele respondeu e aproveitou para responder a outro jornalista. Um abraço."
Valei-me, senhor! O cara ainda levou tudo na esportiva.
Enfim, espero que a vuvuzela lá na África continue tocando alto. De preferência no ouvido de repórteres provocadores.

23/06/2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O abraço de Letícia

O padre ordeu aos fieis que dessem a paz de cristo ao irmão do lado. Logo, recebia o cumprimento de alguns irmãos cristãos. Aguardava o momento como pretexto para abraçar Letícia. Jovem, rosto angelical e com olhos de esmeraldo. Depois de frequentar a Paróquia do bairro há dois meses, já era tempo de uma aproximação.
A mãe e dois rapazes que faziam compahia a ela todas às quartas-feiras, inibiam a minha aproximação. Não tinha medo. Queria evitar apenas uma possível confusão na casa de Cristo. Aproveitei alguns instantes de distração do seus vigias e virei para Letícia almejando um abraço. Procurando chamar a sua atenção para mim, a encarei como um garoto tímido, carente de amor. Letícia buscava outro cristão comum para ofertar a paz do salvador. Pela tangente,a jovem fugia das minhas investidas nada discretas. Estendi a mão e recebi um abraço caloroso. Quais laços foram estabelecidos entre nós? Nos próximos encontros talvez saberia. O gesto de amor se desfez. Fiquei satisfeito em tê-la entregue aos meus braços.
Ao passo que a música eucarística chegava ao fim, a confraternização entre adultos, crianças e idosos ia cessando. O resultado de breve socialização foi semblantes relusentes. Tocado pelo amor, louvei ao todo poderoso com grande intensidade. Afinal, foi na casa do senhor que recebi o abraço de Letícia.